Havia um mundo de paz na solidão impermeável do rio.
Ao sair, Jairo não encontrou suas roupas. Olhou em volta, surpreso por não estar assustado, e notou também que a vegetação havia mudado. Limpou o rosto, os olhos, clareando um pouco a visão daquele novo ambiente que, no entanto, continuou o mesmo. A árvore na qual se havia escorado deixara de existir; perto de suas canelas, notou um pequeno arbusto que se movia como que a contragosto com o vento; parecia prestes a resmungar.
Deu dois passos na direção do barranco, procurando uma pedra plana, onde pudesse sentar sem encher o cu de terra; encontrou; sentou.
Ergueu os olhos e viu, do outro lado do rio, ao pé de um tronco, suas roupas.
Sorriu e se levantou.
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